Reykjavík, Islândia, Sigur Rós


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Em 1994, na cidade de Reykjavík, Islândia, três amigos juntam suas economias e gravam uma demo num estúdio deplorável. Depois entregam a fita a uma gravadora (Smekkleysa Records, só pra constar) que lança as músicas da demo numa compilação de novos talentos. Poderia ser a história de qualquer banda. É a história dos Sigur Rós.


Os três amigos (Jón Þór Birgisson, Georg Hólm e Ágúst Ævar Gunnarsson) aceitaram a inclusão de suas músicas na tal compilação como um incentivo, e imediatamente começaram a trabalhar num álbum de estréia, “Von”, que só viria a ser lançado três anos depois. “Von” fez sucesso (na Islândia) e ganhou uma reedição de remixes. Logo depois os Sigur Rós ganharam um novo membro, Kjartan, que ajudou a banda a melhorar suas composições, e marcou o início de um novo tempo para os Sigur Rós. Foi quando eles começaram a trabalhar em cima do elogiadíssimo “Ágætis Byrjun”, lançado no final de 1999 na Islândia e entre a segunda metade de 2000 e final de 2001 no resto do mundo.

Pouco antes de terminarem os trabalhos em “Ágætis byrjun”, Agúst, o baterista, deixou os Sigur Rós. A banda aceitou muito mal a saída do companheiro, e chegou a discutir um possível fim para os Sigur Rós. Foi então que apareceu Orri, um novo baterista, que se deu muito bem com os outros integrantes.

“Ágætis Byrjun” freqüentou listas de “melhores do ano” em muitas das mais importantes publicações sobre música do mundo. Com o sucesso de “Ágætis Byrjun”, e tendo músicas tocando nas rádios no mundo todo, o Sigur Rós decide deixar a Islândia. Isso acontece oficialmente quando migram para o selo londrino “Fat Cat”, com o qual estão até hoje.



Os Sigur Rós produzem uma música hipnótica, com composições geralmente ultrapassando os 6 minutos de duração. Todas as músicas são cantadas em islandês, à exceção do disco “( )”, no qual as letras (das músicas sem nome) foram escritas em “Hopelandic” (“esperancês”), um idioma que é parte inglês, parte islandês e parte fruto da imaginação do vocalista Jón.

Por vezes, Jón utiliza um arco de violoncelo para tocar sua guitarra. Georg faz o mesmo com seu baixo. Kjartan toma conta do teclado estabelecendo uma cortina de fundo essencial ao evoluir da música. Um quarteto de cordas acrescentam suas vozes e transformam o que era belo em angelical. Os agudos do vocalista Jón soam vez ou outra como erupções de emoções incontroláveis, anteriormente sufocadas pela tranquilidade da melodia. A bateria de Orri soa leve, ao fundo, só um chamado à realidade mais forte que o clima produzido pelo conjunto esconde.


Trecho do DVD Heima


Nas suas apresentações ao vivo, os Sigur Rós são capazes de transportar o espectador mais atento a um outro nível de realidade. As suas músicas exigem muito do ouvinte, mas quem se entrega não se arrepende.

As palavras da banda em um trecho da auto-biografia dos Sigur Rós cedida para o site da MTV americana: “Nós não somos uma banda, nós somos música. Nós não temos a intenção de sermos superstars ou milionários, nós simplesmente vamos mudar a música para sempre, e o que as pessoas entendem por música. E não pensem que não somos capazes de fazer isso, nós vamos fazer isso.”

Os Sigur Rós estiveram no Brasil para o Free Jazz Festival de 2001, onde se apresentaram na mesma noite em que o Belle and Sebastian.

i Espero ter em breve a oportunidade de ve-los por aqui... Um TIM Festval da vida seria o ápse da preza* !

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